terça-feira, 11 de maio de 2010

Elvis em minha vida.

Se a minha casa estiver em silêncio, pode ter certeza que meu pai não está em casa. Ele é uma pessoa impossível de não ser notada. É só meu pai aparecer na rua de casa que o barulho começa, são gritos e gritos sobre futebol. Quando entra em casa já começa a cantar. Interessante é que ele - e eu - não fomos abençoados com o dom da música, e nem é uma questão de voz feia, é uma coisa assim... Simples de explicar. Nós não temos ritmo. Demorei anos para acreditar nisso, até entrei em aula de canto, na época ainda tinha o sonho de ser famosa cantando. Mas, nada resolveu, tive que admitir minha falta de talento, mas antes eu tentei tocar teclado e até me arrisquei na bateria, descobri então que não tinha jeito mesmo. Mas, meu pai com seus quase cinquenta anos, não descobriu isso até hoje. Então, ele continua sendo feliz e "cantante", sem frustração alguma. De certa forma acho ótimo. Porém, contudo, entretanto, não deixa de ser algo engraçado. Pois além de não ter lá tanto ritmo, ele também não decora as letras das músicas, mesmo que ele goste muito. O que ele faz? Inventa novas músicas. E devo dizer que tem bastante sentido até. Mas, imaginem... Ele não sabe as letras em português, e em inglês? Menos ainda, é claro. E adivinha qual é o cantor favorito dele? Elvis!
Ha... Aquela voz inconfundível e... Meu pai tentando imitá-la! Quando mais jovem ele consegui algum sucesso copiando o cabelo, aquele topete, claro que nem tão exagerado. Mas de alguns 15 anos pra cá o cabelo o abandonou também. Então o que resta a ele é tentar imitá-lo cantando! Aí o que motivou esse post? Bem, todas as manhã eu escuto meu pai esboçando músicas do Elvis, ele tenta fazer a voz dele mais grave o possível e fica soltando "IIIIIIIIII LOOOOVE YOOUUUUUUU". Isso o tempo todo! É hilário. Adoro!
Quando ele gosta, ele gosta meeeesmo e o melhor de tudo é que ele quer que todos gostem também. Durante toda a minha vida eu ouvi, vi fotos e assisti todos os filmes do Elvis. Meu pai chegou a trocar um som, daqueles com cd, o que era chique na época, por uma vitrola toca discos porque ele tinha uns discos do Elvis e blá blá blá. Tinha que ouví-los. Quando minhas amigas vinham aqui, tinha sessão Rei do Rock. O que agora me parece muito engraçado, mas que na época eu queria morrer. Mas, a gente cresce e o que não nos mata se torna engraçado, pelo menos a maioria das coisas.
Postei ali uma tentativa de pop art. Fiquei a manhã toda vendo tutoriais a respeito. Vou à exposição do Andy Warhol sábado. Estou super empolgada! Pena que nunca consigo aplicar direito o efeito no photoshop. Tá, serigrafia On nas obras, mas nós temos como facilitar as coisas, pelo menos essa seria a estratégia se eu não fosse tão lerda a ponto de nunca conseguir seguir um tutorial até o fim. Sei lá, sempre me perco ou a foto nunca fica do jeito que está aparecendo no passo a passo. "Sua imagem ficará assim". Aí eu penso "o que fiz de errado?" Enfim, nunca dá certo. Conto nos dedos as coisas que consegui fazer graças a um tutorial.
Voltando ao assunto. Eu amo demais ouvi a falta de ritmo do meu pai, assim como a minha mãe aos berros com seu "Leonardo"... Sim, minha mãe é sertaneja e meu pai é todo pop internacional ou rockinho velho. Não é a toa que eu nunca consegui definir meu gosto musical. Pelo menos sei o que não gosto.
Vou lá tomar um banho e mergulhar a cara nos quadrinhos da Marvel, a fim de fazer trabalho chato e não pra me divertir. ¬¬

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